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Começa a fazer rádio aos 14 anos, tendo sido relator desportivo e produtor de programas desportivos na Emissora Católica de Angola, no Rádio Clube de Angola. Em 1960 entra para a Emissora Nacional e em 1962 passa para a televisão. Mais tarde exercerá as funções de director de informação, director de programas e director-coordenador da RTP1.
1968-1979
Apresenta, em 1968, PBX, programa para Rádio Renascença. Integra um dos mais inovadores programas da televisão portuguesa, o Zip-Zip (1969), ao lado de Raúl Solnado e Fialho Gouveia.
Na rádio apresenta o programa Tempo Zip. Na Rádio Renascença irá fundar, em 1973, o Serviço de Noticiários.
Como director de programas da RTP1 negoceia a compra para Portugal da novela Gabriela, Cravo e Canela, adaptação do romance de Jorge Amado.
Foi Conselheiro de Imprensa da Missão Portuguesa junto das Organização das Nações Unidas, entre 1975 e 1979.
1980-1989
De novo, ao lado de Raúl Solnado e Fialho Gouveia apresentou o programa E o Resto São Cantigas.
Na rádio apresentou o programa Pão Com Manteiga. Dirigiu, em 1982, a revista Mais e apresentou o programa Duplex na Rádio Comercial..
Em 1984 é apresentador e responsável por trazer de Espanha o concurso 1, 2, 3 que se tornou um grande sucesso. Aparece no filme Vidas de António da Cunha Telles.
Apresenta, em 1986, um formado inovador na RTP2, a Quinta do Dois, cujo cenário adopatava o ambiente da rádio. Neste programa é criada a personagem "Zé da Víuva" desempenhada pelo actor Carlos Cunha. Outros dos intervenientes eram Cândido Mota e os Parodiantes de Lisboa.
Produz o musical Enfim Sós onde apareceram nomes como Dulce Pontes e a cantora Dora.
1990-1999
Já em 1990 funda a CCA - Carlos Cruz Audiovisual, Lda., entre outras empresas, responsáveis então pela produção de onze programas semanais para a RTP1, como A Roda da Sorte, O Preço Certo, Isto... só Vídeo ou Marina, Marina. Ficará conhecido como o «Senhor Televisão».
Apresenta programas como Carlos Cruz Quarta Feira e Zona+.
Foi Director de Antena da TVI, em 1996. De 1999 a 2000 apresentou Quem Quer Ser Milionário, na RTP1.
2000-2003
Muda-se para a SIC, onde apresenta o programa Noites Marcianas.
Foi o rosto da campanha institucional para a a introdução do Euro em Portugal, ao presidir à Comissão Executiva da Candidatura Portuguesa ao Campeonato Europeu de Futebol de 2004. Em 2002 recebe, das mãos de Jorge Sampaio, o Grau Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Processo Casa Pia
A sua carreira foi interrompida em 2003 por ter sido acusado de ter desenvolvido actividades pedófilas, vendo-se envolvido pois no caso de abuso sexual contra alunos da Casa Pia de Lisboa. Em 1 de Fevereiro de 2003 foi detido, no âmbito desse mesmo processo. Esteve preso entre 1 de Fevereiro de 2003 e 04 de Maio de 2004. A partir desta última data passou ao regime de prisão domiciliária.
Na fase de julgamento, o Ministério Público acusou-o de quatro crimes,[1].
A 3 de Setembro de 2010, foi considerado culpado, por um tribunal de primeira instância, de três crimes de abuso sexual de menores, tendo sido condenado a sete anos de prisão efectiva.[2]
Carlos Cruz declarou-se "inocente" e diz ter sido "vítima de uma monstruosidade jurídica".
Se a reputação de Carlos Cruz havia sido abalada com a acusação de pedofilia logo em 2003 a sua condenação no lento sistema de justiça português, 7 anos mais tarde, acabou por o desgraçar completamente. Cruz considera-se inocente e planeia recorrer sucessivamente até às ultimas instâncias até obter a absolvição (o que poderá demorar muitos anos), e que no sistema jurídico português poderá conduzir à prescrição do caso. Entretanto continua livre dando entrevistas, e escrevendo livros, mas nunca mais produziu algo quer em radio quer em televisão desde 2003.
